sábado, 23 de agosto de 2008

Pequim 2008



As olimpíadas sempre me chamaram muito a atenção, sempre uma luta para ser o melhor. Um clima de rivalidade e combatividade que sempre me chamou muita atenção. Sempre fui muito competitivo, seja em qualquer esfera da minha vida, escola, esportes, trabalho. Sempre acreditei muito na teoria de que sucesso não vem antes do trabalho.
Essas olimpíadas serão marcadas pelo incrível feito do Michael Phelps, e vendo esse menino ganhar todas as medalhas que disputou, me fez pensar: -Do que é feito um campeão? Teve duas medalhas que vieram com diferenças mínimas, eu poderia dizer que foi sorte, coisa do destino, mas não é nisso que acredito. Acho que um vencedor tem algo A mais, uma força extra, que não vem dos braços e nem das pernas, uma força que vem do coração um foco extraordinário na cabeça, uma certeza que irá vencer.
Como brasileiro vou pegar algum exemplos que demonstram isso, medalhas de ouro que eram dadas como certas como a do Thiago Camilo e do João Derli do Judo, a medalha do Diego Hipólito da Ginástica Artística foram perdidas de forma bestas. Como explicar na final de Vôlei de Praia a dupla brasileira Márcio e Fábio Luiz perder um Tie-brake por 15X04, poxa ele ganharam o prata olímpico, que é um feito enorme, mas um resultado tão elástico demonstra a falta de coração da dupla brasileira e me faz enaltecer a dupla americana, porquê no momento em que foram exigidos ao extremo, eles conseguiram dar o melhor de si pra atingir aquele objetivo.
Tivemos brasileiro que tiveram muito coração, o que dizer do Cesar Cielo, ele sempre acreditou na vitória, pulou na piscina com certeza que iria levar o ouro, hora nenhumas ouviram dele aquele discurso que só de estar em uma olimpíada era um sonho, que independente da cor da medalha ele já estava satisfeito, não.... O Cesar queria o ouro, por mais feliz que ele ficou com o bronze dos 100m era visível a frustração dele. Dava pra sentir a gana que ele tinha pela TV. Teve a Maurren Higa Maggi, depois de ser pega em um exame de dopping e alegar inocência até hoje ela com muito coração pulou esplendidos 7,04 metros, apenas um centímetro a mais que a segunda colocada, não foi sorte! E durante as entrevista em momento nenhum ela recordou a acusação que pesou sobre ela na olimpíada passada, ela não aproveitou o momento de IBOPE para se defender, ou para acusar, enfim, ela não demonstrou rancor, ela apena disse que estava muito feliz, orgulhosa de ser brasileira e dedicou a vitória a seus treinadores e sua filha Sophia. Lindo não é?
E eu, como sempre, vejo essas coisas e de alguma forma tento trazer para minha vida essas coisas que vejo. E pensando cheguei à conclusão que a vida é muito mais dura que uma olimpíada, na olimpíada um segundo lugar é honroso sim, um décimo lugar significa que só existem nove pessoas no mundo melhor que você em determinada coisa. Na vida é muito mais complicado, em uma entrevista de emprego você tem que ser o melhor, segundo lugar e nada á a mesma coisa. De nada adianta você ser o segundo no coração de alguém, ser o segundo mais votado e não ser votado é igual.
O que quero dizer é que sempre devemos buscar as coisas com o coração, com gana, com vontade. Faça uma entrevista com certeza que você será contratado, paquere uma menina como se você fosse irresistível, pense como um gênio, brinque como uma criança, cozinhe como um Chef 5 estrelas. Todos os esportistas que participaram das olimpíadas treinaram muito, se dedicaram, são bons no que fazem e na vida não basta você trabalhar muito, estudar muito, se dedicar com afinco, isso muitos fazem... É preciso usar a força que vem do coração e eu deixo um conselho aqui no final do texto. Viva como um campeão. Como? Isso você já sabe.

2 comentários:

Mari disse...

Túlio,

Vc disse tudo: nas olimpíadas da vida real, tudo é diferente. Ser medalha de prata ou bronze na olimpíada da vida ñ significa muita coisa. Ou vc é o melhor ou vc fica sem a vaga no vestibular, nno emprego, enfim.É por isso que eu digo: força de vontade e boa vontade são tudo na vida de uma pessoa!!! Parabéns pelo texto! Bjão!

Elenita de Castro disse...

Pode parecer discurso de perdedor, mas eu penso tão diferente de vocês. Principalmente da amiga Mary aqui. Não acho que ser terceiro ou sétimo lugar numa olimpíada não signifique muita coisa. Ao contrário. Acho que significa tanto quanto ser primeiro. Concordo com você, Túlio, quando diz que ser campeão é bem mais do que treinar bastante. É preciso ter força de vontade, força no coração, agir como se já tivesse vencido, acreditar nisso. Mas ali ao seu lado existem pelo menos mais 8 pessoas tentando acreditar na mesma coisa. E ninguém vai ser mais fraco de coração. Por trás de cada atleta existe uma história. Acho que o vencedor somou pra si um amontoado de conquistas. Ele estava bem treinado, fisicamente preparado, emocionalmente também, tinha garra, tinha fé, soube ousar e ponderar com sabedoria e pronto. Teve um bom momento. Eu não consigo desmerecer um segundo lugar que perdeu por um milésimo e dizer que ele teve menos força de coração que o primeiro. E puxando isso pra vida real, acho que nós temos sim que correr atrás do que queremos, mas ganhar deve ser conseqüência da competição e do esforço. E não objetivo exclusivo.