quinta-feira, 31 de julho de 2008

Religião

É sempre um tema polêmico, gera discussões, brigas, guerra! Mas nessa semana teve um fato muito interessante. Eu há uns seis meses atrás comecei a optar por uma alimentação mais saudável e almoço sempre com um amigo em um espaço que tem esse intuito. Esse espaço é de um garoto hiper novo, gente boníssima. Ele é evangélico, então o espaço não funciona aos sábados, mas até aí tudo bem.
Recentemente ele veio conversar comigo se eu sabia de alguém que estava contratando, pois pretendia fechar o espaço. Perguntei o motivo e ele comentou que os chás que acompanham as refeições possuíam cafeína e que a cafeína é um estimulante para a cabeça, portanto ele estava contra as normas da igreja. Como é um tipo de franquia ele não pode substituir por outro tipo de chá.
Eu saí de lá estarrecido, visto que ele sofreu tanta pressão da família da igreja que resolveu abdicar de um negócio próprio e próspero apenas por que o chá possuía uma pequena quantidade de cafeína. E é nesse momento que pergunto: Qual a linha que separa a fé do fanatismo?
Pra quem não sabe eu estou budista, apesar de ter vindo de uma família católica (por parte de mãe), nunca consegui entender que viverei alguns anos aqui na terra que decidirão onde irei passar o resto da minha eternidade, e para uma criança a eternidade é muito tempo! Desde criança sempre vi a igreja como um órgão regulador, não pode isso, nem aquilo, e nem aquilo outro, que Jesus veio pra te salvar e se no final você se arrepender de verdade Deus irá perdoar seus pecados. Para mim que sou um incrédulo, isso é uma contradição enorme, mas para os que possuem fé, até a arca de Noé existiu.
Eu agora vou esculachar, sei que a repercussão será enorme! Acho que religião como está não serve de muita coisa. Tem um livro do Osho onde ele discute a diferença entre a religião e a religiosidade e ele narra assim: A religião o impede de ser religioso. Ela o envia para os mosteiros, para os templos, para as igrejas. Ela ensina você a rezar para um deus hipotético com o qual você nunca encontrou, com o qual ninguém jamais encontrou. O verdadeiro templo está por toda a sua volta, sob as estrelas, sob a verde folhagem das árvores, ao lado do oceano. O verdadeiro templo está por toda a volta e o verdadeiro deus nada mais é que o fenômeno vivo e consciente dentro de você.
Onde houver vida, onde houver consciência, ali está deus. E quando você chegar à experiência máxima de consciência, você se torna um deus. É direito natural de todo mundo tornar-se um deus, não adorar Deus, mas tornar-se um deus.
Religiosidade é uma humilde gratidão para com a existência. Ela ensina-o a amar, a estar mais vivo, a brincar mais, a celebrar mais. A sua vida deve ser uma canção, uma dança e uma festividade. Religiosidade é um fenômeno absolutamente individual. Ele não é algo relacionado à coletividade, você não vai brigar com alguém...
Então o que quero realmente com esse texto é dizer para ter muito cuidado ao freqüentar um circulo social religioso, em todo tipo de sociedade um membro deve agir e se comportar segundo as regras e isso tira de você sua individualidade, faz com que você seja mais no grupo, que não possui opinião, que participa, que colabora, mas que nada acrescenta, visto que as normas e as regras quase sempre são imutáveis, são verdades absolutas. Eu peço, tenham opinião, tenham fé, acreditem em um Deus, duvidem desse Deus, amem, rezem, xingue, rogue praga, mas mantenha sua individualidade, acrescente com sua vivencia algo no seu grupo religioso. Mas por Deus, não seja apenas uma ovelhinha que é tocada pelo pastor para onde ele bem entender.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

O grande barato do blog!


Acho que o mais legal de postar as idéias em blog é a preocupação no conteúdo e não na gramática do texto. Afinal, não sou um escritor, sou um empresário que nas horas vagas estou compartilhando minhas idéias na internet com os visitantes do meu blog. Sei que não são muitos os visitantes aqui, mas como toda rede de relacionamento, sim existe uma rede entre os blogueiros, tende a crescer com o tempo.
Claro que me preocupo em escrever com um português correto, sempre em uma norma culta, entretanto não fico pesquisando quando ou não utilizar uma crase, o uso correto dos porquês ou por quês ou por que. Acho que o mais importante é se fazer entender. Acho bacana quando alguém usa algum algo novo na linguagem a fim de passar uma emoção maior, adoro os sonoros nããão, sinais repedidos de exclamação ou interrogação, passam mais emoção, vocês não concordam????
Eu sou uma pessoa crítica, quase sempre me meto onde não sou chamado, e morro de vontade de comentar quando vejo um erro de português grave, sempre fico “afim” de comentar. Mas por favor, não reclame dos naum, dos porques sempre juntos, do uso de ii. Reclamem do meu ponto de vista limitado, da minha falta de originalidade, das minhas idéias bobas. Comentem, reclamem, elogiem se gostarem. Estou aqui para expor idéias e não filosofar sobre o uso dos porquês, até mesmo porque o uso dos porquês não é o meu foco aqui!

terça-feira, 22 de julho de 2008

Objetivos e motivação


Estava assistindo o filme “O Naufrago” com o Tom Hanks e uma cena me chamou a atenção. Tem um momento no filme que ele começa a abrir as encomendas, ele achou um vestido e fez uma rede de pesca, um par de patins de gelo e fez uma faca, achou fitas de vídeo e utilizou o filme como corda. Porém existe uma ultima caixa que ele não abre, e termina o filme sem mostrar o conteúdo. Depois de tanto pensar eu descobrir o que tinha dentro da caixa, tinha um objetivo, e foi a vontade de entregar essa encomenda que manteve nosso protagonista vivo.
E assim somos nós também, temos que sempre ter um objetivo na vida. Não falo de objetivos abstratos, como ser feliz na vida ou paz no coração. Digo objetivos concretos, realmente um norte para onde devemos sempre ir. Não acredito em destino, não me diga que tudo se ajeita sozinho, não concordo que a vida se encarrega de arrumar as coisas, eu tenho objetivos e é buscando por eles que vivo. Claro que vez ou outras esses objetivos são reavaliados.
Foi assistindo esse filme que me veio à idéia de listar meus objetivos na vida, rever minhas prioridades e analisar se o caminho que estou trilhando está me levando mais próximo ou mais distante de meus objetivos. Cheguei a uma conclusão: Viver é fácil, difícil é saber viver! E você, já parou para pensar nos seus objetivos?

domingo, 20 de julho de 2008

Sobre amizade


“Quando eles dizem que você está sendo irresponsável, estão simplesmente dizendo que você está saindo do controle deles. Você está ficando mais livre.” Esse é um trecho de um livro do Osho que me chamou a atenção. O texto fala sobre as cobranças nas relações com os amigos, e na verdade acho que amizade não se cobra.

Toda relação é válida quando faz bem para os dois, a partir do momento que as cobranças, de qualquer tipo, começam a incomodar é importante rever o relacionamento. Mas temos antes de ver o porquê às cobranças nos incomodam. Quando um amigo me fala que estou sumido, que não ligo mais, ele está de uma forma indireta me dizendo que sente falta da minha companhia. O que tenho que pensar é: que bom, existe alguém sente falta de mim. Até o momento que cobram minha amizade nada posso fazer, mas assim que vem a cobrança sou eu que decido de qual maneira vou recebe – lá. (lembra do meio-copo cheio e meio-copo vazio?)

Então, podem cobrar que não apareço mais, que não ligo mais, que não entro mais no MSN, que não deixo recadinhos todo dia no Orkut, COBREM! Adoro essas cobranças, vejo que sou importante e não que sou um amigo relapso.

Amizade deve ser cultivada, adubada, mas adubo demais também mata.

sábado, 19 de julho de 2008

O Autor


Decidi começar o blog me apresentando, lá vai.
Quando eu tinha lá meus 15 anos sempre me achei um menino normal, nota cinco! Mas conforme fui vivendo, conhecendo pessoas, passando por poucas e boas, fui me descobrindo como ser humano. Eu já morri (ano de 2006 e 2007), é verdade pergunta para meus amigos mais próximos, já nasci de novo (ano 2008). Já fui católico (criança), espírita (influência da família), ateu (rebeldia adolescente), agora sou budista (achei meu caminho). Já namorei, mas agora vivo solteiro há anos (muitos anos, não me pergunte), mas naquela de sempre, solteiro sim, sozinho nunca. Nestes anos vez ou outra rola umas paixões, mas tenho o sangue ruim pra isso, nunca dá certo (devo ter um tipo de repelente natural)! Eu sou o típico cara ocupado, é trabalho, faculdade, academia, meditação (senão não agüento a barra), amigos, tempo pra ela (sempre existe uma ela na minha vida). Com tudo isso ainda sobra um tempo maior, o tempo pra eu cuidar do meu jardim. Tem um texto que rola pela net que diz: -Não corra atrás das borboletas, cuide do seu jardim que elas virão até você! Ah é nisso que acredito, pode ser piegas, clichê, mas esse é o pensamento que rege minha vida. Quando eu falo em cuidar do jardim, não é cuidar só da aparência. É cuidar da parte interior também, é saber conversar, tem que ter um feeling pra isso, mas quase sempre sou um ótimo papo. Cuidar do jardim é ser leal com os amigos, ser sincero, é aquela qualidade dos cachorros que algumas pessoas tem, é ser companheiro, não to falando de companheiro de balada, de festa, to falando de companheiro de vida, aquele que sabe dos assuntos do coração! Agora o mais importante é a sensibilidade. Sensibilidade não é essa coisa de chorar num final de filme, mas é de sacar quando um amigo está mal, é saber como e quando dar uns puxões de orelha, é saber o quanto insistir em algo e a hora de desistir de certas coisas. Sensibilidade é se esforçar pra visitar alguém, é sempre que possível deixar um recadinho bacana no Orkut, nem que seja pra dizer: - Adorei sua foto nova! É isso, a sensibilidade é o adubo do meu jardim. É com ela que cultivo meus amigos e é com ela que meus amigos me cultivam. Acreditem, são as pequenas coisas, que mais mexem comigo.
Agora hoje depois de tudo que vivi, não me acho mais um meninão (26 anos ainda) nota cinco, me acho nove e meio, eu tinha que ser mais humilde pra ganhar um dez!